domingo, 4 de abril de 2010

coração de pedra

Esses dias vieram me dizer que eu tinha coração de pedra, o que me fez refletir muito e perceber que meu coração não é de pedra. Talvez possa parecer que é, pelo simples fato de ser fria demais, tal frieza que talvez seja a minha proteção, ou quem sabe minha 'casca' e por dentro eu possa ser tão quente...
Ou quem sabe, possa ser congelada. Ás vezes penso que as pessoas são intensas demais, ou eu que sou menos intensa.
Todos temos momentos de intensidade, mas os meus não são tão fáceis de aflorar, mas quando afloram, ficam intactos durante muito tempo.

Será que todas essas coisas tem algum motivo em especial, ou o problema sou eu mesmo?! Que é o mais provável. Essa frieza ás vezes me consome de uma forma tão incrédula, tão desprevinida, aliás como eu vou saber o meu grau de frieza? Eu não me acho tão fria quanto as pessoas dizem, só acho que é a minha forma de defesa, mas defesa de que? Medo? Medo de que, de mim?!

Quando as pessoas me abraçam, não vou dizer que eu não gosto, mas parece que eu fico com vergonha, não parece, eu fico realmente. Pra mim abraços e beijos são expressões de carinho, só abraço e beijo quem eu realmente gosto. Por isso mais um motivo de frieza, mas pra mim não é frieza, e sim sinceridade.

Cada pessoa tem sua forma de expressar dores, tristezas, felicidades, emoções, qualquer sentimento, mas eu sou confusa, tenho medo de expressar meus sentimentos, ou talvez não seja nem medo, e sim uma vergonha que me toca não sei da onde, uma vergonha primária, logo depois passa e lá se vai ela...

Meu coração não é de pedra, eu sinto, eu choro, eu rio, eu me magoo, fico triste, feliz, com raiva, com todos os sentimentos possiveis, eles só são mais discretos, não preciso mostrar a todos o que eu estou sentindo, mostro só pra mim e isso já basta, porque se eu não consigo me entender, quem vai?!

Nenhum comentário:

Postar um comentário