segunda-feira, 15 de março de 2010

Divã

Minha amiga me mandou um texto da Marta Medeiros, reescrevendo o que a Lilia Cabral falou em sua personagem no filme Divã. O texto é perfeito, me identifiquei totalmente, me vejo ás vezes totalmente em crise existencial, coisas ínfimas que se sobrepõe sobre minha cabeça e não consigo tirá-las de lá e peço para que saiam e elas nunca me obedecem, malditas!

Foi quando então me deparei com algumas partes que se encaixam totalmente no momento de crise existencial...

''Nunca me senti tão desamparada no meu desconhecimento. Quem pode explicar o que me acontece dentro? Eu tenho que responde às minhas próprias perguntas. Eu tenho que ser serena para me aplacar minha própria demência. E tenho que ser discreta para me receber em confiança. E tenho ser lógica para entender minha própria confusão. Ser ao mesmo tempo o veneno e o antídoto.
Onde é que eu estava com a cabeça, de acreditar em contos de fadas, de achar que a gente manda no que sente e que bastaria apertar o botão e as luzes apagariam e eu retornaria minha vida satisfatória, sem sequelas, sem registro de ocorrência?''