quarta-feira, 21 de julho de 2010

Indiretamente Rafael

Nossa, eu estou aflita, agoniada, uma dor indireta sem ao menos conhecê-lo, uma aflição imensa, por saber que ele frequentava os mesmos lugares que eu, inúmeros amigos em comum, amigos que andam de skate no mesmo lugar que, simplesmente ocorreu uma morte brutal.

Sei que as minhas poucas palavras infelizmente não vão fazer ele voltar, quem dera eu tivesse a chance de ter conhecido ele. Fico indignada em saber que sempre são necessárias desgraças acontecerem para as pessoas terem ao menos um senso. Esses filhos de papai metidos a malandro, que acham que, porque tem dinheiro nada vai acontecer. ONDE VAMOS PARAR?!
Vamos viver em guerra, onde sempre é preciso alguém morrer, para quem sabe mudar a cabeça das pessoas, mudar as atitudes, que em muitos casos atitudes boas não são hábitos. Onde já se viu uma barbaridade dessas?!

Ninguém vai poder trazer o Rafael de volta, fico aflita em saber a dimensão da dor da mãe dele, essa dor da qual nenhuma mãe merece ter, que só quando tivermos nossos filhos vamos saber como é ter a responsabilidade e a preocupação de ter um filho.
Não adianta pagar indenização, o filho dela não vai voltar, ela vai ficar com essa dor, esse vazio pra sempre, que por mais que tenha outros dois filhos, cada um tem seu lugar, e o lugar do Rafael será um vazio eterno.

Nessas horas eu entendo minha mãe, em ficar preocupada nas horas que eu saio de casa, entendo a quantidade de vezes em que ela me liga querendo saber como estou, com quem estou, que horas irei voltar para casa.

As palavras me faltam, de tamanha brutalidade.

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